terça-feira, 26 de abril de 2016

Iperó, 26 de Março de 2016

Que a paz e a sabedoria de Jah se derrame sobre nós!


Meu nome é Geraldo Antonio Baptista e sou conhecido como Ras Geraldinho, fundador da Primeira Niubingui Etíope Copta de Sião do Brasil - Igreja Rastafari.


Agradecendo a todos os espíritos e anjos que possam vir em defesa da minha Niubingui (igreja), venho atender estes questionamentos, que compreendo ser a tábua de salvação deste aflito enxoviado e dos demais irmãos e irmãs da nossa entidade religiosa, que se encontram na iminência de serem violentados pela injusta Justiça brasileira.


No nosso entendimento, violência e intolerância religiosa é a nefasta face do Espírito humano que todos os dias crucifica, queima, mata, executa, decapita e que condenou à prisão um cidadão brasileiro que acreditou que, perante a Constituição Brasileira, poderia exercer o direito de viver a divina experiência rastafári.


Infelizmente este é um espírito maléfico que vive dentro do Homem e somente a iluminação do inconsciente coletivo da Humanidade poderá reduzir este “espírito escuro”.


Quem sofre violência e intolerância religiosa, num primeiro momento, sente impotência e dor espiritual, pela compreensão de que o Ser Humano está a milênios da real Luz divina. O martírio, a prostração e a revolta chegam quando nos damos conta de que a Justiça não alcança os violentos e os intolerantes, cuja alma está repleta de ódio, soberba, preconceito, ignorância, malícia, realidade distorcida, impiedade.


O fato é que necessitamos ainda muito tempo para expurgar estes sentimentos entranhados em nós.


Por ocasião do lançamento do Disque-Denúncia nº 100, liguei pessoalmente para pedir socorro sobre o caso da minha igreja, que vinha sofrendo sistemática ameaça dos órgãos policiais, e a resposta que recebi da atendente foi a de que eu não poderia ser atendido por não se tratar de criança/adolescente/idoso em risco de violação de direitos. Insisti, pedindo pelo menos um protocolo de registro, que não me foi fornecido.


Quase cinco anos depois, estando preso sob condições medievais, desumanas e insalubres, e proibido de me manifestar em entrevistas, fiz, em nome da Primeira Niubingui Etíope Copta de Sião do Brasil, uma denúncia de violação de direitos à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (protocolo SONDHA nº 110.3926, denúncia nº 692974, processo SEI nº 00005.202355/2016-67) e obtive resposta da Sra. Irina Karla Bacci, Ouvidora Nacional de Direitos Humanos, o que encheu meu coração de esperança.


Tenho certeza de ser preso político, pois meu caso não é criminal e sim ideológico/filosófico/teosófico. E toda repressão ideológica é ação políti
ca.

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