quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Iperó, 24 de setembro de 2014 (Moção de solicitação ao Senado Federal)

Dois anos e um mês de masmorra injusta e cruel.

Acabo de perder um dente por total falta de atendimento. Esta é a realidade atrás da virtualidade do Sistema repressor paulista, corrupto e cruel.

Nunca desistiremos da verdade.
Abençoada luz da "Real Verdade".
Na divina verdade de Jah mora a nossa vitória.

"A lei do Senhor é perfeita, pois reconforta a alma; o testemunho do Senhor é fiel, pois faz sábio o simples. Os mandamentos do Senhor são retos, e alegram o coração; o preceito do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdade, todos justos." (Salmo 19-7,8,9)

Não existe nenhum sacramento mais antigo na história das religiões que a cannabis. Em meu livro "A maconha e as religiões", nós mostramos que desde a época em que nossos ancestrais habitavam cavernas, o uso da cannabis já era ritualístico. As cerimônias primitivas realizadas ao redor do fogo já usavam a cannabis em forma de nuvem (fumaça) como interface sacramental com a numinosidade, com o divino. Assim nos ensina Heródoto, o mais respeitado pesquisador e historiador da religião.

Na literatura mosaica, a cannabis tem participação intrínseca. Ela é a "Árvore da Vida". Foi através dela que Jahvé se comunicava com Moisés. Ela era o incenso de aroma agradável, o azeite de iluminação do tabernáculo, a flor de farinha do pão ázimo, o santo óleo de unção conhecido como cannenbosm ou calamus, a nuvem que inundava o tabernáculo e cobria o Monte Sião. Suas cinzas estavam presentes no holocausto. Ela também está presente no sonho do Faraó: "...tornou a dormir e sonhou outra vez. Que de uma só cana brotavam sete espigas cheias e boas, e que depois delas saiam outras sete espigas miudas e queimadas do vento oriental; e as setes espigas miudas devoravam as sete espigas grandes e cheias. E despertou o Faraó, e eis que era um sonho." (Gênesis 41-5,6,7)

Do Pentatêuco, o livro do Êxodo é a maior prova do poder divino da Erva Sagrada Cannabis e testifica: "Então uma nuvem cobriu o tabernáculo de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar no tabernáculo de reunião porque a nuvem estava sobre ele e a glória do Senhor enchia o tabernáculo. Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernaculo, os flhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até o dia em que ela se levantava. Porque a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo e o fogo estava de noite sobre ele, aos olhos de toda a casa de Israel, em todas as jornadas." (Êxodo 40-34~38)

São centenas as citações da Sagrada Cannabis nas escrituras bíblicas, antropológica e históricamente comprovadas.

Nós da doutrina Rastafári de fé copta, declaramos o direito pétreo do uso sacramental da santa planta Cannabis em nossa confissão religiosa.

Nossa crença segue os preceitos do Velho Testamento com compreensão não-mística: compreendemos a Erva Cannabis como um canalizador para o Espírito Santo. É nosso direito indissociável.

O Rastafarianismo é uma cultura religiosa reconhecida universalmente; é um movimento religioso monoteísta onde reconhecemos “Jahvé” ou “Jah” como nosso único Pai e Senhor, exatamente como é pregado no Velho Testamento.

A cultura religiosa Rastafári se baseia na convicção da paz universal, refutando absolutamente qualquer forma de violência; na fé inquebrantável do amor fraterno universal e principalmente no santíssimo respeito e reverência ao nosso único e poderoso Pai Jah, Senhor dos senhores, Rei dos reis, Leão conquistador da tribo de Judá.

Por este motivo, de direito universal da pessoa humana, é que nós da “Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil”, entidade civil religiosa legalmente constituída, com sede na cidade de Americana-SP, com CNPJ nº 14.878.444/0001-39 e Inscrição Municipal nº 84.409, vem mui respeitosamente perante a Assembleia desta nobre Comissão, de maneira antecipada,  para o resguardo dos direitos fundamentais reconhecidos no Pacto de São José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969 e promulgado no Brasil pelo Decreto 678 de 06 de novembro de 1992, mais precisamente nos Artigos 11, 12, 13, 15, 16, 24 do Capítulo II, o Artigo 29 do Capítulo IV, além do Artigo 33 do Capítulo VI deste digníssimo Pacto, bem como no santo verbo da Constituição da República Federativa do Brasil, onde encontramos no Título II dos direitos e garantias fundamentais; Capítulo I dos direitos e deveres individuais e coletivos; Artigo 5º, de forma pétrea e inequívoca: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 I -  homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
VI -  é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
 VIII -  ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX -  é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Também nos Artigos X, XI, XVI, XVII, XXI, XXXV, bem como o Artigo XXXVI, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XLI a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.

Por todo este arcabouço de direitos fundamentais e constitucionais é que nossa entidade religiosa solicita a inclusão do reconhecimento do Uso Religioso no escopo do atual projeto de lei, estando, assim, o uso religioso regulamentado ao lado do uso medicinal e do uso industrial e agrícola.


Outra emenda que a nossa Igreja vêm pleitear para este tão importante projeto de lei é a anistia aos penitenciados com base no Artigo 33 da Lei 11.343 de 2006, que tenha como envolvimento exclusivo a Cannabis. Devemos lembrar-nos do direito legal e dos benefícios sociais desta anistia.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Iperó. 05 de agosto de 2014 - A nove dias do segundo aniversário do meu injusto cárcere.

Com o coração constrito pelas tribulações que o meu anjo da guarda passa neste momento, venho solicitar atenção sobre a violenta repressão que os membros da Primeira Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil estão sofrendo.

Todos os membros da diretoria da nossa instituída Igreja estão citados em processo criminal no Fórum da Comarca de Americana.

A Sra. M.S.M, 52 anos, dos quais mais de vinte anos prestados ao funcionalismo público municipal de Americana, tesoureira da nossa registrada entidade religiosa, sentou-se ontem no banco dos réus, perante o juiz, para responder por tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes. Uma tese surreal do Ministério Público local, que tenta distorcer a realidade dos fatos.

As garantias constitucionais dos direitos humanos universais desta mulher venerável e dos demais irmãos/companheiros e irmãs/companheiras estão sendo triturados por um espírito truculento e repressor, que se apossou “del alma vechia” e atormentada e psicologicamente equivocada do acusador público e do respeitado juiz local.

Como única forma de protesto contra a violência física e psicológica que nossa igreja e seus membros vêm sofrendo do poder repressor, estamos aqui declarando em nome da única e numinosa verdade que NÃO SOMOS CRIMINOSOS, NÃO SOMOS TRAFICANTES, NÃO SOMOS INIMIGOS PÚBLICOS (como a promotoria tenta catalisar), NÃO NOS UNIMOS PARA FORMAÇÃO DE QUADRILHA!

Socorro, Senhor! Tende compaixão destes irmãos e irmãs que não cometeram crime algum. Ajuda-nos, pois que somos apenas pessoas que se congregaram em caráter privado para celebrar a verdade, a paz, a justiça, a compreensão e conhecimento, o amor incondicional ao próximo e, sobretudo, o respeito e amor ao nosso Pai Todo-Poderoso “Jah” (Javé/Jeová).
Estas pessoas tem em comum a predisposição genética ao uso terapêutico da Planta Sagrada Cannabis, em qualquer de seus tipos.

São seres humanos que, por direito inalienável de consciência, se identificam com o estilo de vida social-cultural-religioso rastafári, expressão numinosa do Espírito ancestral africano.

Somos pessoas que nunca intentamos contra a ordem pública, nem trabalhamos para ofender a moral vigente.

Nossos cultos e manifestações religiosas acontecem dentro da nossa Niubingui (igreja) sem desarvoramento e na privacidade garantida pela Constituição do Brasil.

Nosso proceder foi sempre trilhado dentro da compreensão legal, dentro dos limites exatos do direito constitucional gravados na nossa magna carta.
Enquanto a opressão se abate sobre nossa entidade religiosa, transtornando sobremaneira o cotidiano dos seus membros e de suas respectivas famílias, vemos o descortinar do “Real Verdade” sobre o poder da “Planta Sacramental” de nossa fé.

Hoje, a imprensa nacional discute os poderes medicinais do hemp-oil, uma substância extraída da planta cannabis, que é eficiente remédio para as mais diversas enfermidades. Esta poderosa substância é o nosso óleo sacramental, sendo parte integrante de nossos ritos espirituais de cura. Este numinoso conhecimento ancestral copta/etíope coptic também era integrante da liturgia de outras culturas religiosas antigas.  Encontramos uma infinidade de referências no Pentateuco Mosaico e na Bíblia Cristã.

Em Êxodo, o hemp-oil é conhecido como óleo de unção ou canenbusen.

Os indianos já se beneficiavam do poder curativo desta substância resinosa, extraída da cannabis há mais de cinco mil anos, nos rituais de cura dos Vedas, sacerdotes da cultura religiosa ayurvedica.

A verdade é que esta milagrosa substância que cura mais de 60% das enfermidades humanas é de conhecimento milenar e popular, sendo um fitoterápico e não um fármaco.

A verdade está nas palavras de um professor de medicina da USP-São Carlos que, em entrevista para o telejornal Bom Dia Brasil da Rede Globo, declarou que aquela instituição tem extensa pesquisa sobre o poder curativo dos inúmeros princípios ativos encontrados na Planta Sagrada Cannabis e que há mais de trinta anos sabem da eficácia da erva contra o câncer.

Estas pesquisas só confirmam o resultado dos estudos conclusivos feitos pela American Câncer Association no início da década de 1970. A pesquisa americana constatou a eficiência da cannabis no tratamento da maioria dos cânceres.

Em verdade, eu vos digo irmãos e irmãs, a sociedade brasileira sabe há trinta anos o que a sociedade americana sabe a mais de quarenta anos:  a cannabis, vulgo maconha, cura câncer sem efeitos colaterais, além de ser extremamente eficiente no tratamento de enjoo e náusea provocada pela quimio e radioterapia. Além de ser mais eficaz que os quimio-farmacológicos dos laboratórios transnacionais, o custo dos fitoterápicos da cannabis é irrisório em comparação com o tratamento convencional.

Então nos encontramos diante do paradoxo moral criado pela proibição da cannabis, onde se tornou crime o cultivo e uso da mais prodigiosa planta conhecida pela humanidade, levando milhares de pessoas ao cárcere todos os anos, enquanto milhões morrem todos os anos por não terem acesso ao tratamento contra o câncer pela cannabis.

Podemos dizer que a proibição/embargo da cannabis é um dos maiores crimes contra a humanidade. Além de ser o maior 171 contra a economia planetária gera dor, sofrimento e angústia a uma considerável parcela da população mundial.

Já sabemos quem foram os responsáveis e os que continuam obtendo lucros pornográficos com este crime.

Algumas questões precisam e deverão ser respondidas:
- quem são os verdadeiros criminosos, aqueles que usam a cannabis, que é praticamente inofensiva à saúde humana, ou os que levaram milhões à morte escondendo a verdade para obter lucro e poder desvairados?
- quem vai restabelecer esta verdade, quebrando este nefasto embargo contra a planta sagrada?
- quando nos livraremos desta medieval doutrina da mentira?

“A pior de todas as ignorâncias é a ignorância filosófica.”

A ignorância funcional só afeta o indivíduo que dela padece, mas a ignorância do douto, que acha tudo saber e nada sabe, atinge a todos que dele dependem.

Por isso nossa Niubingui defende e luta pela Real Verdade. Jesus dizia aos que criam nele: “Se vós permanecerdes em minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8-31,32).

A “Santa Kaia” faz parte do proceder de nosso aprisco. Para nós, ela é a fonte numinosa de nosso conhecimento. Leia Ezequiel 34-11~15.

Para encerrar, rogo-vos mais uma vez: precisamos de vossa ajuda. Se está  lendo esta carta, é porque vossa senhoria, de alguma maneira pode nos ajudar.
Sua manifestação pelo restabelecimento dos nossos direitos constitucionais já será de imenso poder. Pessoas injustiçadas estão presas e outras na pendência de serem condenadas pela justiça “farisaica”.

Por favor, ajude-nos!

“No meio da rua da cidade, de um e do outro lado do rio, lá estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando cada mês seu fruto; e as folhas da árvore eram para a cura das nações.” (apocalipse 22-2).

Que a Luz da sabedoria divina de nosso Pai Todo-Poderoso se derrame sobre nós, livrando-nos da escuridão da ignorância!


Ras Geraldinho
Líder Religioso da Primeira Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil
Jah Rastafari


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Iperó, 27 de Julho de 2014

23 meses de injusta prisão.

Que a gloriosa Luz divina de Jah preencha nossas almas!

"... mas onde se achará a sabedoria? Onde está a jazida da prudência? A verdadeira sabedoria vem de Jah. O homem não conhece seu valor, nem se acha ele na terra dos viventes. Não se igualará a ela o topázio da Etiópia; nem se poderia comprar com o ouro mais fino. De onde, pois, virá a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência? Só Jah entende o caminho dela, e conhece seu lugar. E disse ao homem: eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e inteligência o apartar-se do mal." (Jó 28-12,13,19,20,23,28)

Deixou nosso plano hoje o Mestre Rogério Mourão, o anjo que me ensinou a olhar o céu.

Mourão, meu mestre, que a Luz divina, a qual sempre foi teu objeto de estudo e trabalho, ilumine teu espírito onde quer que esteja no Universo, tua paixão.

Até breve professor, astrônomo, encantador de corações e candeeiro de Sofia.

E nós, que continuamos por aqui, só temos a agradecer. Agradecer a infinita bondade de nosso Pai Misericordioso, que nos presenteou com sua sabedoria.

Rastafari.

Ariano Suassuna

Morreu hoje Ariano Suassuna, e Ras Geraldinho continua na masmorra...

Morre Suassuna, soldado, anjo da eterna batalha da luz divina do conhecimento.

Suassuna do livre pensar, do livre ser, do livre crer.

Ariano que afirmava o ser e que este ser não se encaixa neste mundo. Temos o direito de criar um mundo onde caiba o ser.

Morreu hoje o soldado, anjo, e Ras Geraldinho continua na masmorra.

Descanse em paz, enquanto eu vou ficando por aqui.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Iperó, 18 de agosto de 2014

Dois anos e quatro dias preso, quebrado, torturado, humilhado, mas jamais vencido.

Agradeço ao meu poderoso Pai Jah pela divina graça da luz da sanidade, que é o meu elmo, minha armadura e meu escudo nestes negros tempos de trevas da consciência humana.

10 de setembro de 2014

Pesados são os dias no "matrix" do sistema repressor paulista. A formatação desta corrupta interface operacional do sistema é comprovadamente medieval, corroborando as palavras do nosso atual ministro da justiça.

Infelizmente, a mais antiga instituição criada pelo homem continua sendo a mais odiosa, cruel e desumana. A prisão do semelhante é um vício de consciência tão longinquo na alma humana que hoje nem sabemos o por que do prender.

Prende-se por castigo e por ignorância, pois a "Real Verdade" sobre o cárcere nenhum douto esclarece.

Em tratados ancestrais de Justiça já se ponderava que mil condenações justas não justificam uma condenação injusta.

E, por testemunha, eu posso garantir que a injustiça graça na Justiça brasileira.

"Vi ainda debaixo do sol: no lugar do juízo há impiedade; e, no lugar da justiça há iniquidade. E disse eu em meu coração: ao justo e ao ímpio, julgará Deus; porque ali há um tempo para tudo o que se quer e para tudo o que se faz." (Eclesiastes 3.16,17)

Mas, como disse Sócrates:"Quem disse que seria justo?"

Enquanto perdemos o mais valioso tesouro divino da graça de Jah, que é o tempo de vida, a verdade atropela a frágil, mas duradoura formatação mítica da demonização da cannabis.

Toda semana vemos nos noticiários da mídia de massa novas comprovações do poder curador da "planta sagrada".

Com tom de espanto e dando ar de novidade, os apresentadores dos telejornais relatam a eficácia da resina canábica na cura e prevenção de doenças neurológicas, de praticamente todos os tipos de câncer, do glaucoma e outras, que perfazem mais de sessenta por cento dos males que afligem nossos corpos e espíritos.

De modo quase homeopático, recebemos como inédito o que nos foi escondido por quase um século, de modo a desvincular as mais que comprovadas benesses curativas da mítica "erva do diabo".

O programa (software) de "demonização" da cannabis implantado no inconsciente coletivo mundial foi de enorme eficácia, corrompeu a "real verdade" criando um ódio virtual sobre a mais benéfica planta que Jah nos deixou.

Esta verdade corrompida se instalou como um vírus de computador na "matrix" moral dos sistemas de controle e repressão aos direitos individuais, criando um monstro que é o maior propagador de sofrimento dos seres humanos. Tanto pela odiosa e famigerada "guerra às drogas" quanto pelo embargo a remédios baratos e eficazes para a cura das doenças aqui já citadas. Ainda nos foi proibido o mais funcional e saudável alimento, que é a farinha da semente da cannabis.

Dr. Lester Greenspon, a maior autoridade da medicina ocidental no conhecimento da cannabis medicinal, é enfático ao afirmar que o poderio econômico da indústria farmacêutica hoje é um dos maiores beneficiários do embargo mundial da cannabis. Em seu site, ele relata a experiência própria e de centenas de outras testemunhas do divino poder curador da resina canábica.

Como exemplo, Dr. Lester cita o tratamento aos terríveis efeitos colaterais das quimio e radio terapias, que é a náusea.

Segundo ele, os procedimentos hospitalares para atender as crises de náusea e ânsia, que usam os mais renomados medicamentos químicos, tem nó máximo de 75% a 80% da eficácia, custam acima de mil dólares. Enquanto que, na terapia canábica, basta um baseado antes e um depois e a eficácia fica acima dos 95%,com custo entre um e dois dólares.

Fica fácil compreender porque a "árvore da vida" tem tão poderosos inimigos.

Os conglomerados transnacionais das indústrias petroquimica, farmacêutica e agrícola serão drasticamente afetados com a quebra do embargo da cannabis - a planta sagrada. Isso fará com que cesse os lucros pornográficos dos grandes capitalistas que querem o poder econômico a qualquer preço.

A TV Globo acaba de anunciar, no telejornal Bom dia Brasil a mais nova descoberta contra o câncer de pele, um tratamento genético para o melanoma, com custo estimado de doze mil dólares mensais, com aplicação por diversos meses. Você consegue imaginar os ganhos do laboratório que detém a patente desta nova droga?

Milhões de dólares são gastos em pesquisa para se encontrar medicamentos que curem o que já tem cura.

O hemp-oil, ou sativex, como está sendo chamado, é o mais eficaz tratamento para todos os tipos de cânceres, inclusive o melanoma. Um remédio seguro, sem efeitos colaterais e muito barato.

Fica esclarecido os motivos hediondos da demonização da cannabis, uma planta milagrosa que nos liberta da escravidão pecuniária e do sofrimento físico e psicológico imposto pelo poderio econômico mundial.

O hemp-oil, uma substância viscosa da resina canábica, é usada desde a antiguidade como óleo sacramental por várias religiões.

Nós, da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil declaramos peremptoriamente que esta substância sagrada, atualmente conhecida como hemp-oil, é parte essencial e indissociável da eucaristia de nossa igreja e de nossa fé, sendo o óleo de unção de nosso aprisco, assim como o foi para o Tabernáculo Mosaico descrito no Pentateuco.

A cannabis é a "árvore da vida" encontrada na Bíblia, em Gênesis e Revelações (apocalipse), e foi o primeiro medicamento descoberto pela descendência adâmica. O remédio para o efeito colateral da graça divina, que é a consciência. Este efeito colateral, o qual convencionamos chamar de "depressão" foi o primeiro mal que acometeu a humanidade depois que saímos do "paraíso" (compreenda o sair do paraíso como o ganhar da consciência). E a cannabis foi o primeiro remédio para combater este mal, assim como o usamos até hoje. Por isso compreendemos que quem faz uso da cannabis o faz como auto-medicação, por predisposição genética: uma informação ancestral, passada através dos tempos, gravada em nossos genes.

Tendo entendido estes conceito, nos resta afirmar que além do hemp-oil, todos os remédios oriundos da planta sagrada são fitoterápicos, de conhecimento popular histórico. São remédios naturais seguros e não agressivos para nosso organismo. Não são produtos químico-farmacêuticos e, como tal, não estão sujeitos à patente, nem ao monopólio da indústria farmacêutica, tampouco ao controle draconiano do governo.

A guerra contra o poder de cura das plantas, sendo a cannabis o maior alvo, não é exclusividade pós-moderna. No período medieval, conhecido como a Idade da Escuridão, a inquisição da Igreja Católica fez centenas de milhares de vítimas por conta do controle absoluto deste poder. Qualquer um que ousasse expor o conhecimento de cura das plantas era executado depois de passar pelas mais bárbaras torturas.

A diferença dos dias atuais é que o matrix compreendeu que o indivíduo gera mais lucro para o Sistema estando vivo do que morto.

O que alimenta este desvio de caráter do inconsciente coletivo é o que costumo chamar de "ignorância filosófica", que é a mais perversa de todas as ignorâncias.

Na ignorância pontual, ou pessoal, só o indivíduo sofre pelos fatores sócio-ambientais que não lhe permitiram a aquisição do conhecimento e da iluminação.

Na ignorância filosófica, milhões sofrem por ação de poucos "doutos" que se julgam detentores do conhecimento total, sem, na verdade, nada saberem.

Foi desta dicotomia que o "espírito perverso" do lucro desvairado se apossou para expandir totalitariamente o poder da escravidão moral e intelectual das gerações de nossos antepassados, assim como da nossa atual geração.

A minha condenação de quatorze anos e oito meses é prova desta nefasta formatação moral da burocracia judiciária.

Nossa esperança descansa na fé de que sempre trilhamos dentro das guias da legalidade e, principalmente, da constitucionalidade.

Os direitos constitucionais da pessoa jurídica da Primeira Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, uma entidade religiosa registrada e reconhecida publicamente, deverão ser respeitados.

O uso da planta cannabis é direito liquido e pétreo dentro do proceder do nosso Santo Tabernáculo, tanto na forma de nuvem quanto o nosso sagrado óleo de unção, e em todas as formas e dons que a Planta Sagrada se apresentar.

Temos consciência de que nunca cometemos crime algum. Todos os nossos procedimentos sempre seguiram as mesmas normas das Igrejas que usam o sacramento da Ayauasca, como é o caso do Santo Daime.

Os verdadeiros criminosos, que enganaram milhões de pessoas em todo o mundo com mentiras e violenta repressão para garantir o embargo da planta cannabis, estes nunca responderão pelo sofrimento que causaram à humanidade.

Nosso consolo está em saber que os anos desta estúpida e odiosa proibição da cannabis está com os dias contados.

Em breve estaremos vivendo uma nova realidade, onde a violenta repressão aos usuários da Santa Kaia será coisa do passado e um novo cenário da economia mundial será implantado, baseado na sustentabilidade divina da cannabis.

E nós? Nós seremos felizes com a graça de Jah.

"No meio das ruas da cidade, de um e do outro lado do rio, estava a "Arvore da Vida", que produz 12 frutos, dando a cada mês seus frutos; e as folhas da árvore eram para a cura das nações." (apocalipse 22-2)

Que a glória de Jah se derrame sobre nós e nos guie para a graça da iluminação.

Ras Geraldinho
Lider da Primeira Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil
Jah Rastafari

sábado, 2 de agosto de 2014

Iperó, 02 de agosto de 2014

Mais um dia,
Menos um dia.

Mais dois pães nosso de cada dia,
Menos dentes na população carcerária.

Mais duas bóias, duas zuleicas¹,
Menos água a cada dia.

Mais uma oração no pátio,
Menos fé no coração.

Mais um dia,
Menos um dia.

Mais uma ducha glacial,
Menos sol para o esqueleto.

Mais tortura psicológica,
Menos assistência social.

Mais um desgraçado entrando no Raio²,
Menos remédio pro apenado.

Mais um bate-piso³,
Menos um babão(4).

Mais um truculento carcereiro,
Mais um dia,
Menos um dia.

Mais um perreco(5) no barraco(6),
Menos saúde no Sistema.

Mais um bolão(7) truculento,
Menos kit de higiene.

Mais desrespeito aos meus direitos,
Menos direitos meus, direitos.

Que direitos?

O mais é menos
O menos é mais

Que direitos?

Se cada dia a mais há menos direitos, quais são os meus direitos?

Um dia a mais,
Menos um dia,
Um dia a menos,
Mais um dia.

E os meus direitos?
Meus direitos.

1) Zuleica: marmitinha mínima de plástico transparente, com tampa azul. O azulado das tampas plásticas, por cacofonia, torna-se zuleica, que também é o nome da senhora chefe da enfermagem da Penitenciária de Iperó.

2) Raio: pavilhão, módulo, bloco de celas.

3) Bate-piso: inspeção semanal das celas, onde os agentes usam um vergalhão de aço de uma polegada com um metro e sessenta centimetros de altura para bater no piso da cela a procura de buracos de fuga ou esconderijos.

4) Babão: travesseiro, artigo proibido no cárcere paulista.

5) Perreco: briga, discussão, falatório.

6) Barraco: cela.

7)Bolão: inspeção extensiva com grande número de agentes, que "destrói" o barraco. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Iperó, 15 de julho de 2014

23 meses no cárcere, à espera da redenção.

Paz, luz e amor a todos os nossos irmãos e irmãs!

"Tributai louvoures ao Senhor, ó filhos de Jah, dai ao Senhor a glória e o poder.
Rendei ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai ao Senhor na formosura de seu santuário." (Salmos 29-1,2)

Mesmo com o gigantesco peso do nosso fardo, não me sinto cansado ou desanimado, muito menos vencido.

Acredito firmemente que cedo ou tarde esta bobagem, que é a perseguição à nossa Niubingui e nossos direitos e liberdade vai acabar.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Dia 30 de junho de 2014


Que a paz duradoura de Jah se faça presente em nossas vidas, dignificando o Espírito Santo!

"Porque os tiranos se acabaram e o escarnecedor desaparecerá; serão destruídos todos os que se revelam por fazer iniquidades; os que por palavras declaram um homem culpado, os que armam laço ao que julga na porta, e perverteram a causa do justo por uma ninharia." (Isaías 29-20,21)

Onde está a vergonha? No que paga a pena sem o mal cometer ou no que condena sem justiça fazer?

A Santa Kaya faz parte do proceder de nosso aprisco. Para nós ela é a fonte numinosa do nosso conhecimento.

(Leia Ezequiel 34-11~15)

Beijos e muita estima

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Iperó, 19 de junho de 2014

Mesmo sem a menor privacidade ou silêncio ou sequer um banco para sentar, tenho procurado ler muito. Muitos destes livros fortalecem minha fé e confiança nos desígnios do meu Pai.

O livro "A Força da Bondade" que retrata os primórdios do Cristianismo, poucos anos após a crucificação de Jesus, descreve os primeiros mártires atirados aos leões, para deleite de uma assembléia numerosa, sob o império de Nero, no Circo Máximo. 
E estes mártires, entram na arena entoando cânticos de louvor. E, após descrever a morte brutal de todos eles, o livro trás a seguinte mensagem, que falou ao meu coração:

"Nunca te esqueças de que o teu modesto testemunho, silencioso e paciente, é uma força tão poderosa que nem mesmo tu consegues dimensioná-la e prever os resultados de sua aplicação sobre aqueles que te cercam ou que conhecem os teus exemplos.

Nas dificuldades que surgirem, ao invés de desertar ou pensar em fazê-lo, imita os primeiros mártires do circo e eleva o pensamento ao Criador na demonstração de confiança e fé em Seu poder.

Se Ele te permitiu chegar até ali, é porque confia em tua capacidade de vencer o desafio.

Sabe que tu estás preparado para enfrentar com galhardia a luta que se apresenta e, mais do que isso, já te enviou a celeste caravana dos amigos invisíveis que te sustentarão na hora do sacrifício, quando mais e mais sofredores poderão ser beneficiados.

Assim, em qualquer situação de angústia, em que os leões da crítica, da injustiça, da incompreensão, do desamor, da solidão, do desafeto, da dor física ou moral, do abandono, da infidelidade, da calúnia, da mágoa, do rancor, da tristeza te buscarem para dilacerar tua carne diante do auditório que te apupa e te ridiculariza, lembra-te de que ali está a sublime oportunidade de te transformares em fermento que vai atingir o coração dos que te agridem e vai transformá-los para sempre.

Nada do que tais leões fizerem para ti será tão profundo e transformador quanto aquilo que tua conduta corajosa e fraterna vai fazer no interior daqueles que te produzem o sofrimento.

Por isso, jamais te esqueças que, se a dor te fustiga e coloca na condição de vítima, o teu comportamento generoso pode ser mais poderoso e profícuo do que qualquer ato de violência ou revide.

É assim que entendemos que o perdão acaba sendo a vingança da vítima, uma vingança doce, uma vingança que constrói e transforma o agressor para o bem e para sempre.

E, não te esqueças de um detalhe:
Os leões podem ser numerosos, muito grandes e rugirem muito alto para te amedrontar...
No entanto, tu também, como os cristãos na arena, podes cantar para eles..."

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Iperó, 29 de maio de 2014

21 meses dentro das masmorras do boçal e corrupto Sistema Penitenciário Paulista e há um ano, exatamente, sobrevivendo na cela 114 do pavilhão 1 da Penitenciária Odon Ramos Maranhão, em Iperó-SP.

Imbuído do poder da "Santa Kaia" é que venho exaltar a glória do nosso único Pai eterno - Jah - desejando que a luz de Sua misericórdia se derrame sobre nós!

"Assim diz o Senhor: guardai a equidade e praticai a justiça, porque minha salvação está a ponto de chegar e a minha justiça, de manifestar-se.
Feliz o homem que faz isso, e o filho do homem que se agarra à ele, que guarda o sábado sem profaná-lo e que guarda sua mão de cometer o mal." (Isaías 56-1,2)

Nesse meu dia de desafortunado aniversário, é um grande refrigério poder saber que de nosso fruto, tão grande árvore floresce.

Não existe nada a temer: ao liberto testificado na "Real Verdade" de Jah nada será aflição. O sofrimento faz parte das trevas e nós, os "candeeiros de sofia", estamos sempre com a luz - o lume da salvação que sempre nos protegerá e guardará.

Sinto com clareza que estamos no caminho certo, que nossa luta não será inglória, que a vitória se aproxima, não importando esta transitória situação.

Vejamos: "porque gastais o dinheiro com o que não é pão, e vossa féria naquilo que não o sacia? Ouvi-me atentamente, e comei o melhor, e vossa alma se deleite com o mais substancioso.
Inclinai vosso ouvido, e vinde a mim; ouvi, e sua alma viverá; e farei convosco um pacto eterno, as misericórdias e firmes promessas feitas a Davi." (Isaías 55-2,3).

Que a glória de Jah nos ilumine em todos os passos da nossa caminhada!

Jah - Rastafari

Ras Geraldinho (por carta)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Iperó, 29 de maio de 2014

Vinte e um meses preso por exercer a minha fé, amar a Santa Kaya, lutar pelos meus direitos constitucionais e acreditar na Divina Verdade de Jah, Rastafari.

Aos meus amados irmãos e irmãs da nossa Niubingui... que a Divina Luz se derrame sobre nós!

Palavras do Cordeiro:
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; Eu não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe vossos corações, nem tenham medo." (João 14-27)

Meu coração, apesar de conturbado com a noticia do novo ataque babilônico, se encheu de alegria e ânimo ao saber que a luta continua cada dia mais forte.

Fico eternamente grato ao imenso carinho demonstrado pelos irmãos da Banda 3pra1. A capa do CD ficou muito legal e eu agradeço de coração.
Este tipo de manifestação é que nos dá a certeza da vitória.

Temos também que agradecer a todos os que advogam em nossa defesa.

Com isso, concordam as palavras dos profetas, como está escrito: "depois disso voltarei e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído. E repararei suas ruínas, e tornarei a levantá-lo, para que o resto dos homens busque ao Senhor (Jah) e todos os gentios, sobre os quais é invocado Meu nome, diz o Senhor, que faz tudo isso." (Atos 15-15,16,17,18)

A notícia do novo indiciamento, apesar de pesada, já era esperada. O peso do velho e rancoroso braço da Justiça Paulista é nacionalmente conhecido.

A história vai ficando cada vez mais rica.

Um líder religioso, travestido pelas injurias da Promotoria Pública, depois de ter sua igreja invadida ilegalmente por quatro vezes, é condenado a perder seu lugar de vida e de exercício religioso e mais quatorze anos e dois meses de prisão, por plantar vinte e um pés de cannabis sativa no jardim da igreja.

Não satisfeito com tão desproporcional castigo, o senhor promotor oferece nova denúncia envolvendo mais pessoas da diretoria da nossa legalizada instituição religiosa. Agora mais quatro pessoas são citadas...

Que Jah nos proteja com sua infinita misericórdia.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Iperó, 05 de abril de 2014

Que a luz da sabedoria divina nos livre das trevas da ignorância!

"Ouve, ó Senhor, uma causa justa, atenta ao meu clamor.
Escuta minha oração feita de lábios sem engano. De Tua presença proceda minha vindicação; vejam Teus olhos a retidão. Tu provaste meu coração, e me vigias de noite; tens-me posto à prova, e nada iníquo achaste; resolvi que minha boca não transgredirá." (Salmos 17-1,2,3)

A Justiça paulista aceita a tese proposta pelo severo e obstinado jovem promotor, endossada pela emotiva 1ª Vara Criminal da cidade de Americana, que condena, na ótica deles, um traficante louco à profiláticos 14 anos de encarceramento.

Eu fui chamado de louco, safado e vagabundo. Quem proferiu estas palavras durante o processo de condenação sabe do que estou falando.

Minha peça condenatória é um memorável trabalho de semântica: setenta páginas de um labor técnico de duas mentes dedicadas a justificar tão severa medida cautelar.

Alguém que decide enfrentar o poder constituído tão ousadamente, sem o mínimo temor às hierarquias de controle social merece, mesmo, ser castigado -pensaram as mentes influentes da loja. Quem se atreve a perverter a verdade oficial imposta, anunciando como sagrado o que o Sistema diz ser demoníaco, deve ser condenado ao sofrimento eterno, pensaram as mentes da auto-eleita casta dominante da "Villa dos Americanos". Mentes estas que influenciaram a pluma dos meus algozes.

"Pensar de modo diverso do aceito pela corrente do momento tem sempre um caráter clandestino e do contra, quase indecente, doentio e blasfemo, e por esta razão é socialmente perigoso para o indivíduo. Aquele que pensa por conta própria está indo incessantemente contra a corrente." Conselho dado por Carl Gustave Jung no livro "Realidade da Alma".

O processo que gerou a matricula 768.403 criou o fantasma de um traficante, formador de quadrilha e corruptor de menores que nunca existiu, fruto apenas da fantástica vontade de castigar toda idéia que não se enquadre no modelo ditatorial do Sistema vigente. O que menos importa é o compromisso com a pureza da "Real Verdade".

A Real Verdade é que nunca fui traficante nem quadrilheiro, muito menos corruptor de menores. Isso é patente e nossa sociedade sabe disso. Pelo contrário, sempre trabalhei para o desenvolvimento moral e social da nossa comunidade.

Desde 1991, quando regressei ao Brasil e me reinstalei em minha cidade natal - Americana - dediquei meu tempo ao desenvolvimento comunitário e à intransigente defesa do meio-ambiente.

Diga-se de passagem, nunca tive relações com o banditismo, só me relacionei com políticos, pois era meu trabalho.

Foi lutando contra crimes ambientais e trabalhando com marketing político que angariei poderosos inimigos.

Minha pena vai passar, meu tempo vai passar e, com ele, minha vida. Mas a verdade é uma só e não são estas mentes que a modificarão ou apagarão.

Quando declarei, baseado na mais cristalina compreensão da constituição legal e jurídica, que o uso da cannabis, a planta sagrada, para nós é de uso religioso, fui taxado de maluco e virei chacota na mente retrógrada dos servidores da "Senhora Vendada". Quando declarei que o hemp-oil é o óleo de unção da minha igreja, que está presente em Êxodo e em vários outros livros da Sagrada Escritura e que cura inclusive o câncer, disseram que eu estava mexendo com o sentimento de quem passava pelo problema e, por isso, antecipadamente, eu seria severamente condenado. 

Hoje a inegável verdade se faz presente, escancarada na mídia de todo o Brasil e veiculada na maior fonte de informação e formação de opinião- a poderosa Rede Globo!

Talvez eu tenha sido uma ferramenta, um mensageiro da resposta de uma súplica, e não tenha alcançado a compreensão dos que pediram a intercessão divina. Isso é triste porque como disse Cazuza: "o tempo não para, não para não..."

Mesmo com a violenta força repressora dos interesses que lutam para manter a "Santa Kaya" no embargo da ilegalidade, a luz divina da Real Verdade subjugará as trevas da ignorância, vencendo também a mais nefasta de todas elas: a ignorância filosófica/intelectual, aquela que assola os que acham que sabem tudo sem saber nada.

Nós, os "neo-abolicionistas", sofreremos as agruras da missão libertadora. Sempre foi assim. A história está aí para testificar o caminho da iluminação humana.
Sou apenas uma peça do candeeiro de Sofia. Minha missão é trazer a divina palavra do conhecimento libertador e, para isso me preparei nos últimos dezoito anos da minha vida.

Abandonei a luta ilusória do acúmulo material para adquirir o ouro filosófico do conhecimento. Por isso, inclusive, abri mão do conforto financeiro que sempre proporcionei à minha família. Irreal a acusação de traficante de drogas (maconha), uma atividade que visa a exclusiva acumulação pecuniária.

Não fui, não sou e nunca serei esse monstro social que a Justiça paulista tenta me imputar. Justiça que tem o poder de me excluir do convívio social e castigar-me cruelmente, mas não tem o poder de mudar a luz da verdade, nem a história.

Todos somos vítimas desta nefasta mentira que desde 1922 é formatada no inconsciente coletivo mundial e que só mal tem feito para a humanidade.

Trazer à luz a verdade é o trabalho e obrigação religiosa de nossa alma, mesmo que para isso passemos pelo flagelo.

Este é o verdadeiro significado do termo "Cordeiro de Deus". Esta verdade é tão real que além de ser gravada no Livro da Vida, foi magistralmente descrita pelo espírito do poeta Joaquim Ozório Duque Estrada na letra do Hino Nacional Brasileiro: "Verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora à própria morte..."

Só quem não me conhece me chama de louco.

Um dia, o meu respeitado "companheiro de lutas", o nobre promotor de justiça Dr. Oriel da Rocha Queiroz me confidenciou que o maior problema da Promotoria de Justiça era o fato de os promotores embasarem seus processos sentados confortavelmente atrás de suas mesas de trabalho, sem conhecer pessoalmente a realidade dos fatos.
Isso endossa minha afirmação: Só quem não me conhece me chama de louco.

Nas trevas o justo se confunde com o injusto e o erro é a certeza.

Não tenho revolta ou maldigo meus condenadores. Ódio não faz parte do meu ser, nem resolve problema algum.
Só resta lembrar a frase do Mestre dos Mestres, a última súplica do Cordeiro: "Pai, perdoai-os..."

Nossa esperança está na Luz.

"A sabedoria clama nas ruas, levanta sua voz nas praças; clama nos lugares mais concorridos; na entrada das portas da cidade pronuncia seus discursos.
Até quando, ó ingênuos, amareis a ingenuidade, e os insensatos aborrecerão o conhecimento?" (Provérbios 1-20,21,22)

Só a força radiante da Iluminação pode nos salvar da escuridão.

Com a glória de Jah, rastafari

Ras Geraldinho - líder religioso da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ao Senador Cristovam Buarque...

Penitenciária de Iperó-SP, 13 de Março de 2014
19 meses injustiçado pelo Judiciário Paulista

Amabilíssimo Senhor Senador Professor Cristovam Buarque:

Que a glória da sabedoria divina caia sobre nós, iluminando nossos espíritos!

Para aprender sabedoria e instrução, para entender as palavras inteligentes, para receber o conselho da prudência, justiça, juízo e equidade...O começo do conhecimento é o temor do Senhor (Jah), os insensatos desprezam a sabedoria e disciplina.” (Provérbios de Salomão 1-2,7)

Meu respeitadíssimo senador, foi com imensa alegria que recebi a notícia de que o senhor foi indicado como relator do projeto de descriminalização da Cannabis – a planta sagrada – pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Espero sinceramente que minha atual situação de apenado (injustamente) pelo Judiciário Paulista não seja impecilho para que eu possa auxiliar nesta empreitada.

Conforme afirmado pelo senhor, o assunto é de extrema relevância.

Desde que o interesse (menor) de um grupo de czares da indústria petroquímica e outros capitalistas norte-americanos criou o plano de embargo mundial do cânhamo (hemp), como a Erva Sagrada é conhecida no mercado de comóditie mundial, a Humanidade sofre os males desta nefasta proibição.

Para que conglomerados industriais multinacionais alcançassem o lucro pornográfico do monopólio mundial do petróleo, milhões de pessoas tiveram suas vidas destruídas.

A grande recessão norte-americana dos anos 1930 foi causada, em parte, pelo embargo da cannabis. Os agricultores dos Estados Unidos tinham como único “crop” cultivar o hemp/cânhamo, que era a principal cultura agrícola norte-americana.
Com a proibição incondicional, estes fazendeiros “quebraram”, e o resto a história nos conta.

Este complô criminoso começou em 1922 quando, por encomenda da industria petroquímica norte-americana, a DuPont desenvolveu e patenteou a molécula do nylon. Este “maravilhoso” produto, também conhecido como “matéria plástica”, iria resolver um problema mortal do refino do petróleo: o rejeito final.

O que era um impedimento ambiental letal ao desenvolvimento da indústria de transformação do petróleo - uma borra plástica gigantesca – se transformaria em nylon, um produto de valor agregado com enorme potencial de mercado, que hoje nós conhecemos.

Porém, existiam alguns impedimentos. O momento tecnológico dos anos 1920 permitia tão somente a extrusão do material. Deste processo industrial resultava um único produto: o fio de nylon. Este fio, manufaturado, poderia dominar o mercado naval mundial de cordas e derivados, salvando, assim, os gigantescos conglomerados da indústria petroquímica norte-americana de uma morte anunciada. A alta resistência do plástico derivado do petróleo à salinidade do mar, à maresia, fariam do nylon o produto número 1 da indústria naval mundial, transformando o maior passivo ambiental do planeta em lucro líquido.

Certamente, vossa excepcional capacidade de informação pode dimensionar o tamanho do mercado mundial de cordas e velames para uso naval na primeira metade do século XX, interesses bilionários, que tinham um único obstáculo: a milenar indústria de cordas e derivados do cânhamo/hemp.

A fibra da cannabis é a única fibra natural que resiste à salinidade marinha, fazendo dela a commoditie que dominava 85% do mercado mundial de cordas e velas para a indústria naval. Os países que dominavam este mercado eram a Russia, com a melhor tecnologia de beneficiamento da fibra e de produção de cordas e velames; a China, com grandes áreas plantadas, e a India, como grande produtora de fibras também.

A corda de cânhamo/hemp/cannabis, por serem produzidas com tecnologia branda e muito antiga, tinha um custo decimal comparada ao valor de produção do novíssimo parque industrial do nylon.

Seria praticamente impossivel para as petroquímicas competirem no mercado dominado pela cannabis. Somam-se à estes interesses econômicos gigantescos, a vontade de um grupo de mídia americano que vislumbrava o sonho de criar o monopólio dos parques gráficos dos jornais de todo os Estados Unidos.

Quase todo papel usado pela imprensa americana vinha da China, que era praticamente a única fornecedora de papel do mundo: papel produzido a partir da celulose da polpa do cânhamo, que é quatro vezes mais produtivo do que o pinho e eucalipto, além de ser ecológicamente sustentável.

A DuPont mais uma vez entra em cena, criando e patenteando o processo produtivo do papel a partir da celulose de pinho e eucalipto.

O problema era o mesmo da indústria petroquímica e o inimigo comum era a cannabis – a planta sagrada, um presente e Deus que, por sua enorme produtividade e diversidade de produtos era imbatível na concorrência mercadológica. Só para referência, hoje são conhecidos mais de vinte e cinco mil produtos provenientes da cannabis.

Criou-se, então, entre estes poderosos senhores da despudorada alma capitalista, o sentimento de embargo ao cânhamo/cannabis, momento em que alguém relacionou o hemp, que era a base agrícola norte-americana, com a “marijuana” que os mexicanos e os negros fumavam, sentindo-se mais felizes e expansivos.

Cânhamo/hemp e maconha/marijuana: a mesma planta – a cannabis.

Colocou-se em prática, então, um complô criminoso com o objetivo de probição da “marijuana”, que o povo americano ignorava ser o cânhamo/hemp.
Em pouco mais de uma década de campanha de marketing cientificamente planejado e executado, os caminhos políticos foram preparados, culminando com a lei da proibição promulgada pelo senado norte-americano em 1937.

A história perversa desta ação, que eu classifico como o maior lobby criminoso de todos os tempos, é contada pelo juiz Charles Whitebread, Professor doutor da West Virginia, que eu traduzi e que faz parte de um livro em que estou trabalhando há alguns anos.
Com a proibição da marijuana/maconha no território americano em 1937, mesmo ano da proibição no Brasil, foi criado um fantasma que assola nossa sociedade até hoje: o traficante de drogas.

A vitória definitiva do poder econômico sobre a “Árvore da Vida”, encontrada em Apocalipse 22-2 ou Gênesis 41-5,6,7 onde José interpreta o sonho do faraó e salva o Egito de grande provação, foi alcançada no início da década de 1960 com a assinatura do “Tratado Único das Drogas” pelos membros da ONU – Organização das Nações Unidas.

Por quase oitenta anos vivemos sob o manto da maior mentira já contada no planeta. Mentira que proibiu o uso da maior fonte de fibra têxtil e combustível (sustentável) do mundo; a maior e mais rica fonte vegetal de alimento; a mais abrangente e barata fonte de medicamentos que a medicina conhece, inclusive contra o câncer ( o mais extenso trabalho sobre o assunto foi feito pelo Instituto Americano do Câncer em 1970 e comprova a eficácia da cannabis no tratamento da maioria dos cânceres).

Com a cannabis livre do embargo, teríamos medicamentos eficazes contra o flagelo do câncer por uma fração do custo dos remédios atuais.

O Dr. Lester Grinspoon, da Universidade da Califórnia, afirma isso em seus livros e em vários trabalhos sobre o uso medicinal da cannabis (http://cannabiscultureawards.com/winners/lester-grinspoon).

Caríssimo senador, vivemos no delírio de uma “matrix” de realidade manipulada, onde na “real verdade” a única coisa que não é proibida é o costume milenar de se inalar a fumaça da resina da cannabis, pois a polícia pode prender e o juiz condenar, mas até nos calabouços medievais do Brasil, chamados presídios, o cidadão vai fumar.

Proibido, na verdade, são os outros vinte e cinco mil produtos provenientes da cannabis, que é o “manah” do Velho Testamento; proibido são os texteis da maravilhosa fibra do cânhamo; o papel e derivados da celulose canábica que tem processo de manufatura ambientalmente correto. Proibido são os medicamentos já reconhecidos para os mais diversos problemas de saúde; proibido são os combustíveis (alcool e biodisel) extraídos da planta sagrada.

Henry Ford plantava milhares de acres de hemp para produção de biodiesel e etanol consumidos nos veículos que ele produzia.

O álcool de cana é renovável, mas o álcool e biodiesel de cannabis são sustentáveis.

Cruel é a proibição dos alimentos extraídos da farinha e do óleo da semente de cannabis. A farinha de cannabis é comprovadamente mais nutritiva que as outras. Se substituíssemos a farinha de trigo, que tem praticamente zero em nutrientes, pela farinha de cannabis, conhecida na Bíblia como “flor de farinha”, os beneficios para a saúde pública seriam enormes!

Então, o fato de se fumar a erva, um hábito que remonta à Idade da Pedra, é o bode expiatório do embargo aos outros produtos da “árvore da vida”!

A cannabis não é proibida por fazer mal ao ser humano: ela foi proibida por ser a mais maravilhosa planta que Deus nos deu. Tão brilhantemente profícua, que atrapalha os planos dos que querem a qualquer custo o domínio econômico global.
Honradíssimo senhor senador Cristovam Buarque, eu vos garanto que não existe um único experimento científico sério que comprove a relação direta da cannabis com algum dano à saúde humana.

Tenho dedicado os últimos quinze anos de minha vida estudando o relacionamento do homem com esta espetacular planta e seus três tipos: Sativa, Indica e Ruderalis. Sou, provavelmente, o maior compêndio de informações sobre a cannabis no Brasil.

Sou líder religioso da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, manifestação religiosa da cultura rastafari (enviei carta ao Ministro do STF Celso de Mello, onde relato um pouco da minha história e esclareço os motivos da minha injusta prisão, que é política).

Posso afirmar que a história da humanidade e a da cannabis se confundem. O homem usa a cana(bis) desde que deixou o “paraíso”. O hábito de se inalar fumaça da planta sagrada vêm da Era Adâmica.

Quando saímos do “paraíso” (compreenda-se: ganhamos consciência), junto com a dádiva divina do recebimento da Luz da Consciência, ganhamos como efeito colateral a “depressão” - condição psicológica de todo ser humano. O remédio mais eficaz que nossos ancestrais encontraram foi a cannabis e, desde então, fazemos uso dela em automedicação.

Por ter sido a primeira cultura agrícola cultivada por nossos antepassados, sempre tivemos um enorme conhecimento e atração por ela. Esta atração é natural e arriscaria dizer que as pessoas que se declaram usuárias da cannabis tem prédisposição genética para o consumo da erva.

Ouso dizer, ainda, que os classificados de “maconheiros” o são por tendências psico-emocionais, não existindo a condição de dependência (vício), assim como os classificados de “gays” o são em suas preferências sexuais. No caso dos usuários da cannabis, uma vocação natural ao ato de automedicação, que contribui para a diminuição de estresse neurótico e manifestações de depressão. Não existe dependência física nem psíquica porque nós produzimos um hormônio – o endocanabinol, que é similar ao THC, um dos principios ativos da cannabis. O hábito de se fumar cannabis causa a mesma dependência do consumo de chocolate.

Por todos os motivos já descritos aqui, podemos afirmar que a cannabis está para o reino vegetal assim como estamos para o reino animal. Hoje, ela, assim como nós, é encontrada em todos os cantos da Terra.

Desde a formação dos primeiros impérios até a Era atual do insustentável “plástico” extraído do insustentável “petróleo”, a cannabis sempre foi tratada como produção estratégica para as nações. Observa-se na linha histórica do tempo que os governos (imperiais) que permitiam o cultivo liberal do cânhamo/cannabis eram tidos como mais brandos e queridos pelo povo, enquanto os que optavam pelo controle estatal, exigindo taxas pesadas para o cultivo eram de tendência centralizadora e ditatorial.

A cannabis sempre foi importante para o desenvolvimento das nações e, principalmente, usada na estratégia de guerra.

Todas as guerras da humanidade, até a segunda guerra mundial, usaram cannabis em larga escala. Isso pode ser facilmente comprovado: na internet encontra-se um vídeo com o título “Hemp for Victory”, um documentário das Forças Armadas norte-americana, produzido para estimular os fazendeiros a voltarem a plantar cannabis.

Depois do término da guerra, o goveno do “Tio Sam” voltou a proibir o cultivo de hemp e a política de repressão retornou ao seu papel com mais violência, força e “recursos”.

Podemos relacionar a cannabis como protagonista dos mais importantes fatos históricos da humanidade:
- Na história do antigo Egito;
- No desenvolvimento da China e India;
- Na expansão imperialista européia, com o (pseudo) descobrimento da América, colonização do Brasil e de todos os outros países americanos;
- Na derrota francesa para a Russia, que culminou com o fim do imperialismo de Napoleão.

A Bíblia está repleta de fatos ligados à cannabis: Canaã é a terra da cana(bis); o Cananeu é o cultivador de cana(bis), o óleo de unção, o incenso...

A primeira impressão de Gutemberg foi uma bíblia, impressa em papel de cannabis.

Quando Cristóvão Colombo “descobriu” a América, ele transportava cerca de sessenta toneladas de cannabis nos três navios da expedição.

Não estamos falando da maior ação de tráfico do Atlântico. Estamos falando do volume de todas as cordas e velames da flotilha; das roupas e cobertores, tecidos e calçados dos marinheiros; das resinas de calefação das caravelas; do óleo para alimentação e iluminação, além de diversos outros produtos. O presente entregue aos nativos foi um saco de sementes de cannabis.

A memória do passado não pode ser ignorada!

Ninguém melhor do que o senhor, senador, para compreender o valor da História.

Porém, ela nos serve somente como testemunha, como referência...

Acredito que o mais importante é o que faremos agora e o que deixaremos de legado para o futuro.

Hoje o exemplo a ser seguido é o Uruguai, guiado pela figura iluminada do Presidente José Mujica, um homem excepcional, que está promovendo a redenção social uruguaia.

Com a descriminalização da cannabis naquele País, em breve a revolução agrícola e industrial se manifestará e eles entrarão num novo ciclo de desenvolvimento econômico e social.

A nossa maior esperança é que aqui, em nossa amada pátria, a redenção do cânhamo/cannabis, através da descriminalização da “maconha”, nos leve ao tão almejado futuro sustentável.

Eu, como membro fundador da “Agenda 21” da cidade de Americana-SP, sei exatamente a importância deste tão aclamado “futuro sustentável”.
Tenho fé e esperança em que, pela nossa vocação agrícola e potencial tecnológico atual, poderemos ser a locomotiva deste novo desenvolvimento humano.

Uma nova Era nascerá quando, finalmente, compreendermos que este movimento de resgate está no Espírito do terceiro milênio.

...e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” - João 8-32

Depois da desmistificação da “Santa Kaia” - cannabis – pelo esforço específico de pessoas como nós, que costumo classificar como os “neo-abolicionistas”, a real verdade se estabelecerá. Isso é uma profecia, o senhor pode acreditar!

É por isso que trabalho, é por isso que luto, é por isso que estou preso.

Uso o termo “abolicionista” porque compreendo a situação de escravidão em que nos encontramos, principalmente os agricultores. Grandes empresários rurais e pequenos camponeses, todos estarão livres das correntes econômicas que os prendem aos conglomerados transnacionais das sementes geneticamente modificadas, dos venenos e fertilizantes.

Basta-nos ter a compreensão de que o agricultor que planta milho, soja, trigo, feijão, etc., colhe um só produto, os grãos, a um custo escravizante.

Plantando cannabis, que não exige o veneno e o adubo das outras culturas, ele colherá um volume muito maior de grãos que as outras plantas. Colherá também muito mais fibra que o algodão e ainda colherá quatro vezes mais polpa de celulose que o eucalipto.

Estamos falando de três fontes de renda em cada ciclo de cultivo.

Esta será a alforria de todo agricultor!

Confiando plenamente em tudo o que foi exposto neste texto, e principalmente na retidão de propósitos democráticos e morais que norteiam a vida de vossa senhoria, é que coloco a nossa Igreja à disposição, para a tarefa republicana de resgatar a “Real Verdade” e a graça deste presente de Deus para a Humanidade.

Estamos prontos para atender à esta convocação. Gostaríamos de participar do processo, das audiências e demais obrigações que forem determinadas pelo Senador.

Está mais do que na hora da Árvore da Vida sair das páginas policiais dos jornais para ser notícia nos cadernos de economia, agricultura, indústria e comércio.

Vamos tirá-la das delegacias e fóruns e colocá-la nos lugares corretos, que são a EMBRAPA, ESALQ, SENAI, Ministérios da Saúde, Agricultura...

Vamos substituir o vulgo propositalmente pejorativo de “maconha” por seu verdadeiro nome: CANNABIS: a cana de dois sexos; a cana do sonho do faraó, que salvou o Egito, assim como inúmeros outros povos.

No meio da rua da cidade, de um lado e do outro lado do rio, lá estava a “Árvore da Vida”, que produz doze frutos, dando todo mês seus frutos; e as folhas da árvore eram para a cura das nações.” (Revelações do Apocalipse 22-2)

Que a sabedoria do Nosso Pai Todo-Poderoso nos permita compreender a Real Verdade, para que, com a Luz de Sofia, sejamos homo-um pouco mais-sapiens!

Rastafari – com a glória de Jah


Ras Geraldinho
Líder religioso da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil





(a história da proibição da maconha nos Estados Unidos)

(textos e relatos escritos por Ras Geraldinho de dentro da prisão)


(Participantes da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental 2009...
Delegado GERALDO A. BAPTISTA, que solicitou a seguinte moção: moção de solicitação:
Representante: Geraldo A. Batista
Entidade/ Instituição: Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil
Segmento: Movimento Social
Descrição: Moção de solicitação ao Ministério da Saúde para a criação de uma Comissão Nacional de Estudos para o uso medicinal e industrial da Canabis Sativa/ Indica/ Ruderalis e o desembargo da mesma)